Licenciado em História: profissional encontra mercado de trabalho promissor

Em entrevista concedia ao blog, a chefe do departamento de História da UPIS, professora Mercedes, explica um pouco a carreia do profissional licenciado em História.  Segundo ela, licenciados na área encontram momento favorável no mercado de trabalho “uma vez que há em todo o Brasil carência de professores da Educação Básica, como pode ser constatado pelas contínuas ações de incentivo às licenciaturas que o Governo Federal tem realizado”.
Para atuar na área, de acordo com a professora, é importante que o estudante tenha afinidade com questões de atualidade, curiosidade e questionamento e que tenha paixão pela literatura de textos, livros, jornais e quaisquer outros materiais que proporcionem um bom arcabouço de conhecimentos gerais.  A professora aborda ainda o que o profissional deve fazer para se destacar e em quais empresas ele pode atuar. Confira a entrevista completa!
O que faz um profissional formado em História?
A formação em um curso superior de História pode ser na modalidade de bacharelado ou de licenciatura. Na UPIS, o curso é licenciatura em História, assim o objetivo do curso é de formação de professores para atuar na Educação Básica (Ensino Fundamental e Ensino Médio), em escolas da rede pública ou particular.
Em quais áreas ele pode atuar?
Na legislação educacional brasileira, o diploma de licenciatura é o único que permite aos egressos do ensino superior atuar como professores. Por isso, se trata de um diploma diferenciado no mercado de trabalho. Além de atuar como docente, o licenciado em História ainda pode atuar nas áreas de gestão escolar em estabelecimentos de ensino, assumindo cargos de diretor ou de coordenador, e pode optar por atuar como docente na educação superior. Para isso, deve complementar sua formação em cursos de pós-graduação lato sensu (que a UPIS também oferece) ou optar por fazer mestrado e doutorado.
O que se espera desse profissional?
O licenciado em História deve desenvolver competências voltadas ao domínio do saber histórico, bem como desenvolver as habilidades de educador, ou seja, ser capaz de traduzir os conhecimentos específicos em linguagens e significados coerentes com o estudo de adolescentes, por meio de metodologias pedagógicas e tecnológicas que promovam a aprendizagem crítica, autônoma e teoricamente consistente. A complexidade da formação do licenciado em História também pode ser verificada pelo fato de que, além do embasamento teórico necessário e do domínio das técnicas pedagógicas, esta formação inclui ainda o aspecto da pesquisa e da investigação, garantida pela exigência da realização de um projeto de pesquisa e um trabalho de final de curso, de acordo com normas acadêmicas.
Existe um perfil ideal para escolher a profissão? Se sim, qual?
Como todas as áreas das Ciências Humanas, a escolha pela formação em licenciatura em História pressupõe um perfil de estudante que tenha afinidade com as questões da atualidade, curiosidade e questionamento, capacidade de compreender diferentes pontos de vista, tolerância e respeito ao que seja “diferente” ou “exótico”, além de ser imprescindível uma familiaridade e “paixão” pela leitura de textos, livros, jornais e quaisquer outros materiais que proporcionem um bom arcabouço de conhecimentos gerais.  O cotidiano do estudante de licenciatura em História é constituído majoritariamente por leituras, reflexões, elaboração de resumos e resenhas, bem como pela análise de realidades atuais e do passado, o que exige esforço e capacidade de concentração. Trata-se, enfim, de uma verdadeira vocação.
Como está o mercado de trabalho para o profissional graduado na área?
O mercado de trabalho para portadores de diploma de licenciatura está em plena expansão, uma vez que há em todo o Brasil carência de professores da Educação Básica, como pode ser constatado pelas contínuas ações de incentivo às licenciaturas que o Governo Federal, por meio do MEC, tem realizado, como, por exemplo, as regras específicas do FIES e PROUNI para os cursos de licenciatura. Em Brasília, especificamente, também há um mercado de trabalho promissor ao licenciado em História, uma vez que a Secretaria de Educação do Distrito Federal realiza sistematicamente concursos para efetivar professores ou para professores substitutos, com um dos maiores salários do país para a categoria, e com boas condições de trabalho nas escolas (além das possibilidades de qualificação e continuidade de estudos). Além das vagas em escolas públicas, Brasília conta ainda com uma grande rede de estabelecimentos particulares.
Quais as empresas demandam mais graduados em História?
Por conta da especificidade da formação do licenciado em História, majoritariamente são as empresas educacionais que demandam estes profissionais.
Há espaço para o profissional atuar em órgãos públicos? Se sim, quais órgãos e para quais funções?
Há vários órgãos públicos – federais, estaduais, municipais e distritais – voltados à preservação do patrimônio histórico e ao resgate da memória local, e estes órgãos eventualmente realizam concursos ou processos seletivos especificamente voltados a portadores de diploma com formação em História. Existe ainda a possibilidade de concursos para órgãos públicos, cujas vagas e cargos podem ser pleiteados pelos egressos de licenciaturas, de acordo com os editais de cada concurso. Esta abertura no preenchimento de vagas públicas com diplomados em diferentes áreas resulta da compreensão de que o ensino superior representa uma formação abrangente e capaz de dotar os egressos de competências genéricas cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho, especialmente no que se refere à capacidade de planejamento, de trabalho em grupo, de autonomia na busca de soluções e de interdisciplinaridade, que são dimensões fortemente trabalhadas na formação do licenciado em História na UPIS.
O que deve fazer o profissional que deseja se destacar na área?
Uma vez que o ensino superior se encontra em um momento de massificação no mundo inteiro, conseguem se destacar aqueles egressos que assumem o compromisso de realizar sua formação com seriedade ao longo do curso, com o esforço de cumprir as leituras teóricas básicas e complementares, que não se acomodam apenas com os conteúdos dados em sala de aula, que buscam se atualizar em termos de tecnologias, redes sociais, e metodologias pedagógicas, e que desenvolvam suas competências de educadores e pesquisadores continuamente. Ao lado disso é imprescindível a continuidade dos estudos após a graduação, buscando a qualificação em cursos de especialização em nível de pós-graduação nas áreas de seu interesse, mantendo-se assim atualizado em relação à sua profissão.
Como é o curso de História da UPIS? Qual o diferencial?
O curso de licenciatura em História da UPIS tem sido continuamente repensado e aprimorado em termos curriculares de forma a atender plenamente a regulamentação do MEC e a garantir os objetivos de formação com qualidade dos futuros professores da educação básica. Assim, o currículo alia o conhecimento do objeto da história e sua base teórica aos conhecimentos e práticas específicos da atividade docente, com conteúdos pedagógicos tratados desde o início do curso, além de disciplinas de sociologia e psicologia voltadas à atuação em sala de aula da Educação Básica.
O corpo docente do curso de licenciatura em História da UPIS também é um diferencial, tanto pela qualificação acadêmica dos professores, com elevado grau de titulados em nível de mestres e doutores, quanto pela articulação dos conteúdos e práticas, e pela experiência nos sistemas educacionais do Distrito Federal.  A UPIS possui também uma Coordenação de Avaliação no curso de História, o que permite uma proximidade entre as demandas dos alunos e a coordenação do curso, avaliando continuamente sua infraestrutura, atuação dos docentes e o próprio curso. Quanto à metodologia de avaliação dos alunos, o curso de licenciatura em História da UPIS utiliza primordialmente avaliações com formato de dissertação, privilegiando as habilidades de planejamento do raciocínio, capacidade de argumentação e organização, utilização e citação de fontes teóricas e capacidade de reflexão crítica e expressão escrita, fundamentais para futuros professores.
O resultado de tal trabalho pode ser verificado nos indicadores altamente positivos obtidos pelo curso nas avaliações oficiais realizadas pelo MEC, especialmente o ENADE, cujo conceito, em 2011, foi o mais elevado entre as instituições do Centro-Oeste.

Fonte: http://blog.upis.br/index.php/historia-mercado-de-trabalho/